O pai é comprovado (ou não) na oitava semana de gravidez
Quem passou pelo problema sabe como a não certeza de paternidade acarreta elevados níveis de diferentes estresses. A instabilidade emocional pode trazer significativos prejuízos para o desenvolvimento da gravidez.
Agora, por meio de um teste genético é possível confirmar, ou descartar, a paternidade alegada a partir da oitava semana de gravidez, com uma amostra de sangue materno.
Até então, a única forma de comprovação de paternidade era feita depois do bebê nascido ou por meio da análise do líquido amniótico ou do vilo corial: procedimentos invasivos, que podem acarretar problemas para a gravidez ou para o bebê e que NÃO são aprovados pelo Conselho Federal de Medicina.
O teste não invasivo de paternidade utiliza DNA fetal livre de células circulantes isoladas a partir do plasma materno, juntamente com o DNA da mãe e do suposto pai. As amostras de DNA são analisadas por meio de um chip de microarray que permite examinar 317 mil marcadores genéticos conhecidos como nucleotídeos únicos polimórficos (SNP’s).
Um algoritmo informatizado calcula a similaridade dos marcadores genéticos, comparando os DNAs fetais com o do suposto pai, bem como para os indivíduos aleatórios não relacionados. Se a probabilidade do suposto pai apresentar os marcadores genéticos necessários de pai biológico for superior a 99,99% quando comparado com indivíduos aleatórios, o resultado é a inclusão de paternidade.
A conclusão é baseada no resultado do teste obtido através da análise de 317.000 marcadores de DNA individuais.
O resultado do primeiro teste não invasivo de paternidade, efetuado pelo geneticista Prof. Dr. Ciro Martinhago, diretor da clínica e laboratório genético Clínica Ciro Martinhago Medicina Genômica, de São Paulo, foi negativo. O pai alegado foi excluído.
Clínica Ciro Martinhago Medicina Genômica
Tel: (11) 4561-2760