A incidência de defeitos no nascimento e desordens genéticas dobram nas gravidezes de alto risco, de acordo com estudo de três anos realizado no Instituto de Genética de Hyderabad, na India.ivan_boscariol_india
Das 3.031 mulheres com gravidez de alto risco estudadas no instituto durante agosto de 2010 a agosto de 2013, cerca de 11% tiveram gravidez com defeitos de nascença e desordens genéticas. Os pesquisadores descobriram que quase 40% das mulheres afetadas tinham uma história de casamento consanguíneo. A proporção desses casos é alta em Andhra Pradesh, região leste da India.
A maioria das mulheres avaliadas para distúrbios genéticos no projeto foram referenciadas por maternidades hospitalares ligadas ao Osmania Medical College. Elas tiveram histórico de abortos de repetição, morte fetal intrauterina, natimortos, primeiro filho com defeitos e desordens genéticas.
Como a India registra uma alta incidência de crianças nascidas com defeitos e desordens genéticas, o diretor do Instituto de Genética, A.Jyothy, disse que a situação é alarmante e deve ser conduzida por diagnósticos pré-natais obrigatórios.
Desde 2006, a taxa anual de nascimentos com defeitos e desordens genéticas aumentou cerca de 25%. “ Esses nascimentos tem um grande impacto sócio-econômico”, disse o Dr. B. Srinadh, consultor do departamento de Medicina Fetal do Instituto de Genética.
O estudo reforça o fato de que doenças genéticas tendem a recorrer e que o aconselhamento genético e a avaliação genética do feto são necessários. “Se o casal decide pelo término da gravidez, eles podem achar que não é preciso tomar precauções durante a segunda gravidez. No entanto, a avaliação é necessária para detectar quaisquer chances de recorrência daquela desordem genética e para tanto é necessário que os testes genéticos sejam realizados também para as próximas gravidezes”, diz o Dr Pragnya Ranganath, especialista em genética do Instituto de Ciências Médicas de Nizam.
Fonte: http://timesofindia.indiatimes.com/home/science/Incidence-of-genetic-disorders-double-in-high-risk-pregnancies-Study/articleshow/22484344.cms