Homens vivem menos que as mulheres e também a taxa de mortalidade devido a câncer é maior que em mulheres. No entanto, os mecanismos e possíveis fatores de risco por trás da disparidade sexual é largamente desconhecido. Alterações no DNA das células normais se acumulam ao longo de nossas vidas e têm sido associadas a doenças como câncer e diabetes.
Em estudo recentemente publicado na revista Nature Genetics um time internacional de pesquisadores analisou o DNA de amostras de sangue de um grupo de mais de 1.600 homens idosos. Eles verificaram que a alteração genética mais comum foi a perda do cromossomo Y numa parte das células brancas do sangue.
O grupo de homens foi estudado por muitos anos e os pesquisadores puderam detectar uma correlação entre a perda do cromossomo Y e curta sobrevivência. “Homens que perderam o cromossomo Y numa larga parte de suas células sanguíneas tiveram uma sobrevida menor, independentemente da causa da morte. Nós também pudemos detectar uma correlação entre a perda do cromossomo Y e o risco de mortalidade por câncer”, disse o professor Lars Forsberg, pesquisador do Departamento de Imunologia, Genética e Patologia da universidade de Uppsala, na Suécia, que liderou o estudo.
O cromossomo Y está presente nos homens e os genes contidos no cromossomo Y tem sido mais associados até agora com a determinação do sexo e produção de esperma.
“Ouve-se dizer que o cromossomo Y é pequeno, insignificante e contém muito pouca informação genética. Isso não é verdade. Nossos resultados indicam que o cromossomo Y tem um papel na supressão de tumores, o que pode explicar por que os homens são mais afetados pelo câncer do que as mulheres. Nós acreditamos que análises sobre o cromossomo Y poderão no futuro tornar-se um útil marcador para predizer o risco de homens desenvolverem câncer”, disse Jan Dumanski, professor do Departamento de Imunologia, Genética e Patologia da universidade de Uppsala, e responsável pelo estudo.
Fonte: http://medicalxpress.com/news/2014-04-loss-chromosome-shorter-life-higher.html