Menos de 10 por cento do DNA humano faz alguma coisa de importante, dizem cientistas da Universidade de Oxford, no Reino Unido, numa descoberta que pode agilizar a pesquisa genética.

img_897

Pesquisadores descobriram que apenas 8,2% do genoma humano tem realmente função para fazer   que somos e manter o padrão das nossas células. O resto é ‘DNA lixo’, algumas partes remanescentes do nosso passado evolucionário e não mais necessárias. A grande maioria do DNA não tem importância alguma.
Cientistas dizem que não há certezas sobre as razões que tanto DNA redundante, mas afirmam que se dispensássemos a maior parte da nossa informação genética, ainda assim sobreviveríamos.
Estudos anteriores sugeriram que cerca de 80% do nosso genoma tinha uma função bioquímica.
O professor Chris Ponting, da Universidade Oxford, disse que o resultado deste estudo significa que os cientistas não precisam mais procurar em 90% do genoma para encontrar causas ou curas genéticas para doenças.
“Você precisaria pesquisar menos de um décimo do genoma, o que poderia acelerar a capacidade de rastrear as mudanças genéticas”, disse o Prof. Ponting.
“Se nosso DNA fosse largamente funcional, nós precisaríamos pestar atenção a cada mutação. Em contraste, com apenas 8% de funcionalidade, temos que trabalhar 8% das mutações detectadas que podem ser importantes”.
Pouco mais de 1% do DNA humano é responsável pelas proteínas que transportam quase todos os processos biológicos críticos no corpo.
Os outros 7 por cento podem estar envolvidos no processo ‘liga/desliga’ dos genes que codificam proteínas – em momentos diferentes, em resposta a vários fatores, e em diferentes partes do corpo. Estes são os elementos de controle e regulação, e existem vários tipos diferentes.
“Nós tendemos a ter a expectativa de que todo o nosso DNA deve estar fazendo alguma coisa. Na realidade, apenas uma pequena parte tem função”, diz o Dr. Chris Rands da Universidade de Oxford.
“As proteínas produzidas são praticamente as mesmas em todas as células do nosso corpo, desde quando nascemos até quando morremos”.
“Qual delas está ligada, em que parte do corpo e em que ponto no tempo, precisa ser controlado – esses são os 7% que fazem esse trabalho”.
As descobertas foram publicadas na revista PLoS Genetics.