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Cientistas da McMaster University’s Stem Cell and Cancer Research Institute, em colaboração com o Sick Children’s Hospital (Canadá), descobriram um importante botão ‘ligar’ na proteína DIXDC1 que instrui as células cerebrais a formarem conexões maduras, chamadas sinapses, com outras células cerebrais durante o desenvolvimento.
O achado, publicado ontem (8 de Novembro, 2016) na revista Cell Reports, dá novos esclarecimentos sobre o autismo (ASD), que levará a formas de identificação de novos medicamentos para pessoas com ASD.
Esta é uma notícia importante, já que o autismo afeta um entre 68 indivíduos, e não existe medicamento que possa combater os sintomas principais desta complexa desordem.
O estudo foi liderado por Karun Singh, cientista do SCCRI (Stem Cell and Cancer Research Institute). Trabalhando com o geneticista Stephen Scherer, do Sick Children’s Hospital, a equipe de pesquisadores identificou alterações genéticas que desligam a proteína DIXDC1 em um grupo de indivíduos com autismo, pressupondo que esse desligamento é a causa da imaturidade das sinapses cerebrais e a redução da atividade do cérebro.
“Devido à nossa descoberta da causa do desligamento da proteína DIXDC1 em algumas formas de autismo, nosso laboratório no SCCRI, que é especializado em descoberta de drogas, agora tem a oportunidade de começar a pesquisa de drogas que se voltarão à DIXDC1 para corrigir as conexões sinápticas”, disse Singh. “Isso é emocionante porque essa droga teria o potencial de ser um novo tratamento para o autismo”.
Embora essa descoberta seja promissora, mutações no DIXDC1 representam apenas um pequeno número de indivíduos com autismo e condições psiquiátricas relacionadas, disse Singh.
“No entanto, existem fortes evidências de que muitas outras formas de autismo tem um mecanismo de interrupção do desenvolvimento das sinapses similar ao que ocorre com a DIXDC1; dessa forma, a chave para um novo tratamento para o autismo será encontrar medicações seguras que restaurem a atividade e o desenvolvimento das sinapses cerebrais”.
Mick Bhatia, diretor do SCCRI, disse que a descoberta significa a entrada estratégica do instituto canadense na área da doença neural e no desenvolvimento de drogas personalizadas orientadas pela genética.
Fonte: Medicalxpress