(Medical Xpress) — 2016 foi um grande ano para a pesquisa, envolvendo questões gerais da saúde, começando com uma equipe liderada por pesquisadores da UNC School of Medicine e do National Institutes of Health que descobriu mais evidências de que a substituição da manteiga por óleos vegetais não é benéfica para a saúde cardíaca. O ácido linoleico presente nos óleos vegetais, eles descobriram, pode ser tão ruim quanto a gordura na manteiga.

O óleo extraído das sementes de girassol é mais usado em margarina e óleo de cozinha. Foto: USDA
Uma equipe da Rush University Medical Center descobriu que a canela converte camundongos lerdos em aprendizado em bons aprendizes – e isso tem implicações na melhora da memória em humanos.
Pesquisadores de diversas instituições na Suíça anunciaram que a romã teve finalmente revelado seu poder secreto de antienvelhecimento – eles identificaram uma molécula capaz de reciclar mitocôndrias defeituosas, que foram positivamente impactadas pelos ingredientes da saborosa fruta.

Johan Auwerx – pesquisador da EPFL e um dos autores do estudo. Foto: EPFL / Alain Herzog

Muitos trabalhos foram feitos com doenças infecciosas também, como o de uma equipe do Rockefeller University e La Jolla Institute for Allergy and Immunology que descobriu que infecções pelo vírus Zika podem afetar as células cerebrais de adultos. As preocupações iniciais eram mais em torno do prejuízo aos bebês no útero.

Iluminação do biomarcador fluorescente (em verde) revelou que o cérebro de ratos adultos pode ser infectado pelo vírus Zika na região chamada zona subgranular do hipocampo. Repleta de células neurais progenitoras, esta parte do cérebro é importante para o aprendizado e memória. Foto: Laboratory of Pediatric Brain Disease at The Rockefeller University/Cell Stem Cell
Oficiais do CDC anunciaram que os primeiros 13 casos de uma infecção fúngica mortal surgiram nos EUA. O fungo Candida auris já havia sido visto em outros países, e ainda não está claro quão letal pode ser.

Fungo Candida Auris. Foto: Getty Images

Estudos laboratoriais preliminares do Professor David Schubert, do Instituto Salk, sugerem que a molécula THC reduz as proteínas beta amiloides nos neurônios humanos. Foto: Salk Institute

A reconstrução da cabeça de um homem Neanderthal, à esquerda, e um crânio Neanderthal. As diferenças genéticas podem explicar doenças como o Autismo. Foto: Wilimedia Commons – Tim Evanson.
Houve notícias sobre tratamento e prevenção do câncer. Uma equipe do Dalhousie Medical School publicou um relatório sobre a crescente ameaça de cânceres de garganta e boca relacionados ao vírus HPV, os quais, devido à localização, são difíceis de observar.
Além disso, uma equipe da Universidade Queen Mary de Londres apresentou descobertas inesperadas sobre como o câncer se espalha no corpo, sobre como as células cancerosas sobrevivem na viagem para outros locais.

Foto: Barts Cancer Institute, QMUL
Além disso, uma equipe de biólogos do MIT relatou que os aminoácidos, e não o açúcar, forneciam a maioria dos blocos de construção para as células tumorais – a massa celular não era principalmente a glicose, como eles esperavam.
Em outras notícias, uma equipe da Duke University encontrou uma proteína chave para o reparo da medula espinhal em peixes-zebra, que pode contribuir no futuro para o reparo dos danos aos nervos em humanos.

Peixes-zebra adultos são capazes de regenerar suas medulas espinhais depois de uma severa e completa injúria. Este close-up das células envolvidas revela que as células glial de suporte (mostradas em vermelho) são as primeiras a cruzar a lacuna entre as terminações afetadas. As células neuronais (verde) logo as seguirão. Os pesquisadores do Duke Regeneration Next descobriram que a proteína na glia, chamada fator de crescimento do tecido conectivo, ou CTFG, é crucial para este processo. Foto: Mayssa Mokalled e Kenneth Poss, Duke University
E também, uma equipe do Salk Institute descobriu que a reprogramação celular pode reverter os sinais de envelhecimento nas células da pele humana e em ratos com doenças relacionadas ao envelhecimento.

Pesquisadores da EMBL e da Universidade Pablo Olavide na Espanha divulgaram que mecanismos neurais em cérebros de ratos indicam que nos esquecemos enquanto aprendemos – ou seja, eles descobriram que algumas memórias são apagadas como parte do aprendizado.

As três vias para o hipocampo parecem estar ligadas a diferentes aspectos do aprendizado: formar memórias (verde), lembrá-las (amarelo) e esquecê-las (vermelho). Crédito: John Wood
E também, pesquisadores que conduziram um estudo para a Mayo Clinic descobriram que uma droga para diabetes atua diferentemente do que era teoricamente previsto – a Metformina, eles descobriram, desencadeou um aumento de glucagon ao invés de limitar suas ações, como se pensava.
E finalmente, uma equipe de pesquisadores do Albert Einstein College of Medicine chegou às manchetes ao anunciar que a máxima expectativa de vida humana já foi alcançada – os ganhos atingiram o pico, disseram eles.

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