Ginecologistas ainda não incluem o Aconselhamento e os Testes Genéticos no protocolo de tratamento preventivo do CA de Mama e Ovário

Ela não foi a primeira a radicalizar, optando pela mastectomia, mas o seu depoimento impactou milhões de mulheres que consideram estar no grupo de risco para desenvolver câncer de mama e de ovário.times angelina
Segundo o geneticista Dr. Ciro Martinhago, “absolutamente não é o caso de sair à procura de testes, o momento é de conversar com um especialista, mas infelizmente a grande maioria dos ginecologistas brasileiros ainda não considera indicar o aconselhamento e o teste genético como rotina para a prevenção de câncer”.
De todos os fatores causais do câncer de mama, o mais comum entre as mulheres, a herança genética é responsável por 5 a 10% dos casos. Esse risco aumenta três vezes se um parente de primeiro grau apresentar CA de mama. E aumenta dez vezes se mais de um parente tiver a doença.
Os genes BRCA1 e BRAC2 já estão identificados nos cânceres de mama e ovário. Uma alteração nesses genes, como teve Jolie, indica o risco de 10% a 85% de desenvolvimento da doença.
“Existe um grupo de risco hereditário que deve procurar fazer o teste, sem dúvida, mas a pergunta é: o médico e/ou os seus pacientes estão preparados para o resultado genético do CA de mama?” diz Martinhago.
E também há limites, entre outros, a mutação pode não ser encontrada (existem mais de 1 mil mutações descritas), o risco de desenvolver o CA de mama não poder bem definido (50 a 93%). “Se o paciente tem a mutação, não há uma intervenção efetiva que assegure 100% de não desenvolver o CA ”, explica Dr. Ciro Martinhago.
 
Prof. Dr.Ciro Martinhago:
http://lattes.cnpq.br/5650852956005080
Doutor em Genética Reprodutiva pela UNESP de Botucatu. Tem experiência na área de Genética, com ênfase em Genética Humana e Médica, atuando principalmente nos seguintes temas: Diagnósticos genéticos pré-implantacional, Diagnóstico pré-natal não invasivo pelo sangue materno e Genética da Infertilidade.
 
www.chromosome.med.br