Para uma rara forma de câncer chamada Timoma, pesquisadores descobriram que um único gene define a diferença entre um tumor de crescimento rápido que requer tratamento agressivo e um tumor e crescimento lento que não requer uma terapia extensiva. image_medium
Timoma é um câncer derivado de células epiteliais do timo, um órgão crítico para o sistema linfático, onde as células T, as chamadas ‘células matadoras’, amadurecem. Muito pouco é conhecido sobre o papel da mutação genética GTF2I em tumores humanos, mas cientistas do Georgetown Lombardi Comprehensive Cancer Center e do National Cancer Institute, nos EUA, disseram que quase todos as formas indolentes de Timoma (as que crescem devagar, não agressivas) testadas tinham a mutação. O estudo está publicado na revista Nature Genetics deste mês.
“Timomas indolentes raramente se tornam agressivos, portanto a descoberta de que um único gene pode identificar tumores que não precisam de cuidados mais destrutivos é um achado importante para nossos pacientes”, disse o doutor Giuseppe Giaccone, PhD, líder do grupo de investigadores e diretor de pesquisa clínica da Georgetown Lombardi.
Além das implicações clínicas, o estudo é importante porque “é muito raro encontrar um gene mutado que possa definir uma classe de tumores”, disse Giaccone. “Normalmente, um substancial número de genes está envolvido. De fato, nós também descobrimos que os mais agressivos timomas expressam genes bem conhecidos encontrados em outros tumores – o que pode nos dar pistas sobre um novo tratamento para esses canceres”.
Fonte: More information: A specific missense mutation in GTF2I occurs at high frequency in thymic epithelial tumors, Nature GeneticsDOI: 10.1038/ng.3016