Descoberta pode ajudar pesquisadores a tratar e possivelmente prevenir o chamado ‘assassino silencioso’
Uma equipe internacional de cientistas identificou seis genes associados a um maior risco de desenvolvimento de câncer ovariano.O estudo, desenvolvido no Brisbane’s Berghofer Medical Research Institute (Austrália) e pela Universidade de Cambridge (Reino Unido), poderá ajudar os pesquisadores a descobrir novas formas de tratamento e de prevenção da doença.
O risco de uma mulher australiana desenvolver câncer ovariano durante a vida é de uma chance em 100. Este câncer é conhecido como ‘assassino silencioso’ porque na maioria das vezes não é detectado até atingir estágios avançados. “O problema é que as formas mais letais deste tipo de câncer são as mais difíceis de serem detectadas”, disse o diretor do projeto, Prof. Georgia Chenevix-Trench. “Parece que o desenvolvimento é muito rápido e dá uma oportunidade muito pequena de se fazer o diagnóstico antes que se espalhe”.
O risco de desenvolvimento de câncer de mama ou de ovário na vida de uma mulher é muito aumentado se ela herdar uma mutação dos genes BRCA1 e BRCA2. As seis novas variantes, ou ‘tipos’, identificadas tem um impacto mais sutil que as mutações nos genes BRCA1 e BRCA2, de acordo com Chenevix-Trench. “Individualmente, estes tipos aumentam o risco de câncer em pequena quantidade”, diz a professora.
“No entanto, se uma mulher carrega um grande número desses tipos, o seu risco de desenvolver câncer ovariano pode ser tão alto quanto o das mutações nos BRCA1 e CA2”.
A atriz Angelina Jolie teve uma dupla mastectomia por ser portadora de uma mutação no gene BRCA1. “Esta descoberta será particularmente relevante para pessoas como Angelina Jolie, porque no momento em que somos capazes de dar estimativas muito mais precisas sobre o risco de câncer de ovário será mais fácil ajuda-las a decidir sobre uma cirurgia profilática”.
Fonte: The Guardian/Genetics